A Paris-Nice 2025 chegou à sua 7ª etapa neste sábado, 15 de março, com uma disputa intensa que marcou a penúltima jornada da competição. O australiano Michael Storer, da equipe Tudor Pro Cycling (TUD), conquistou a vitória em um percurso desafiador de montanha, mostrando força nas subidas finais. O segundo lugar ficou com o suíço Mauro Schmid, da Jayco AlUla (JAY), a 20 segundos do vencedor, enquanto o alemão Georg Steinhauser, da EF Education-EasyPost (EFE), completou o pódio, terminando 30 segundos atrás de Storer. A etapa, realizada entre Nice e Auron, consolidou ainda mais a briga pela classificação geral, com destaque para os escaladores.

O Percurso da 7ª Etapa Paris-Nice 2025: Nice a Auron
A 7ª etapa da Paris-Nice 2025 teve início na cidade de Nice, no sul da França, e terminou na estação de esqui de Auron, após um trajeto de 109,3 quilômetros. Originalmente planejada para 147,8 km, a etapa foi encurtada devido às condições climáticas adversas, eliminando a subida ao Col de la Colmiane. A elevação acumulada foi de aproximadamente 2.800 metros, concentrada principalmente na parte final do percurso, o que favoreceu os ciclistas escaladores.

O trajeto começou em terreno relativamente plano saindo de Nice, mas logo se transformou em um desafio com subidas graduais que prepararam o pelotão para o teste decisivo: a ascensão final a Auron. Essa subida, com 7,3 km e uma inclinação média de 6,9%, apresentou trechos mais exigentes nos quilômetros finais, ideal para escaladores puros que conseguem manter o ritmo em inclinações constantes.
As Fugas do Dia: Movimentos no Pelotão
A 7ª etapa da Paris-Nice 2025 começou com ação imediata, assim que a bandeira caiu, Mauro Schmid, da Jayco AlUla (JAY), acelerou, desencadeando uma série de ataques no pelotão. A primeira subida do dia, a Côte d’Aspremont (categoria 2, com cume no quilômetro 19,6), serviu como ponto de partida ideal para diversos ciclistas que buscavam se destacar. O terreno inclinado logo separou os mais ousados do grupo principal, preparando o palco para uma disputa movimentada.

Após 17 quilômetros de corrida, dois grupos iniciais se uniram, formando a fuga principal do dia, composta por 15 ciclistas: Kelland O’Brien e Mauro Schmid (Jayco AlUla), Josh Tarling (Ineos Grenadiers), Fred Wright (Bahrain Victorious), Bruno Armirail (Decathlon AG2R La Mondiale), Ivan Romeo (Movistar Team), Julian Alaphilippe e Michael Storer (Tudor Pro Cycling), Johan Jacobs e Stefan Küng (Groupama-FDJ), Neilson Powless e Georg Steinhauser (EF Education-EasyPost), Clément Izquierdo (Cofidis), além de Alexandre Delettre e Jordan Jegat (TotalEnergies). Esse pelotão de escapados trabalhou em conjunto, abrindo uma vantagem significativa sobre o grupo principal.

As equipes Visma-Lease a Bike, Lidl-Trek e UAE Team Emirates-XRG assumiram a liderança do pelotão, controlando a diferença para os fugitivos. No entanto, a dinâmica mudou drasticamente aos 52 quilômetros do fim, quando Mattias Skjelmose, da Lidl-Trek, sofreu uma queda e abandonou a prova. O escalador dinamarquês, que bateu o quadril direito no chão, foi levado ao hospital, deixando sua equipe sem um de seus principais nomes. Com isso, a diferença para a fuga alcançou o pico de 3 minutos e 10 segundos no quilômetro 68.

A perseguição ganhou força quando Red Bull-Bora-Hansgrohe, Bahrain Victorious e XDS-Astana entraram na disputa, reduzindo a vantagem para 1 minuto e 45 segundos na base da subida final para Auron. Nesse momento, Michael Storer (Tudor Pro Cycling) assumiu o comando entre os fugitivos, impondo um ritmo forte que poucos conseguiram acompanhar. Mauro Schmid foi o último a resistir ao australiano, mas Storer seguiu sozinho nos 2,5 quilômetros finais, cruzando a linha de chegada sem olhar para trás. Sua performance não apenas garantiu a vitória na etapa, mas também o alçou da 13ª para a 4ª posição na classificação geral.

Enquanto isso, no grupo dos favoritos à geral, Lenny Martinez (Bahrain Victorious) e Felix Gall (Decathlon AG2R La Mondiale) tentaram mexer com a disputa. Gall terminou em 6º, a 57 segundos de Storer, enquanto Martinez chegou a 1 minuto e 4 segundos. Florian Lipowitz (Red Bull-Bora-Hansgrohe), outro nome forte na briga pela camisa amarela, fechou a etapa a 1 minuto e 11 segundos, apenas 3 segundos à frente do pelotão dos principais concorrentes. A fuga, que percorreu mais de 90 quilômetros antes de ser parcialmente neutralizada na subida final, foi decisiva para o desfecho da etapa.
O Vencedor da Etapa: Michael Storer Brilha nas Subidas
Michael Storer, da Tudor Pro Cycling, foi o grande destaque da 7ª etapa, cruzando a linha de chegada em Auron com o tempo de 2 horas, 43 minutos e 31 segundos. O australiano conquistou a vitória com um ataque bem calculado na subida final, aproveitando os 7,3 km de ascensão para se destacar dos rivais. Storer lançou seu movimento a cerca de 5 quilômetros do fim, conseguindo abrir uma vantagem que seus perseguidores não conseguiram anular. Sua estratégia de ataque na subida, aliada à resistência em um terreno montanhoso, garantiu o triunfo em um dia feito sob medida para suas características.

Na classificação geral, o norte-americano Matteo Jorgenson, da Visma-Lease a Bike, manteve a liderança após a etapa, terminando em uma posição segura no grupo dos favoritos. Antes da 7ª etapa, Jorgenson já ostentava a camisa amarela, e sua consistência nas montanhas o mantém como o principal candidato ao título. A diferença para seus concorrentes diretos, como Florian Lipowitz (Red Bull-Bora-Hansgrohe), permanece significativa, mas a etapa final ainda pode trazer mudanças.
Resultados após 7ª Etapa
Results powered by FirstCycling.com
A Próxima Etapa: O Desafio Final em Nice
A 8ª e última etapa da Paris-Nice 2025 está marcada para domingo, 16 de março, com largada e chegada em Nice, em um percurso de 119,9 quilômetros. O relevo é de média montanha, com seis subidas categorizadas, incluindo o Col de la Porte (7 km a 6,9%), a Côte de Peille (6,5 km a 6,9%) e o temido Col des Quatre Chemins (3,6 km a 8,8%), que fica a apenas 9 km da linha de chegada. A altimetria acumulada deve ultrapassar os 2.500 metros, favorecendo escaladores e ciclistas versáteis que também dominam descidas técnicas.
